Peça #14:

"O Passado e o Futuro em Tempo Real" (Esfera Espelhada

A obra "O Passado e o Futuro em Tempo Real" apresenta uma esfera espelhada que coloca o espectador diante de uma reflexão sobre a natureza do tempo. A esfera, em sua superfície refletora, não mostra nem o futuro nem o passado de forma isolada; ao contrário, ela captura o presente continuamente, sugerindo que o tempo é uma transição constante, onde o passado e o futuro coexistem.

Esse título desafia a percepção de que o futuro é algo distante e misterioso, e propõe uma nova visão: o futuro e o passado são partes intrínsecas do agora. A esfera reflete o presente em tempo real, mas também faz lembrar que cada instante captado pelo olho humano já passou no momento em que é processado. O reflexo que vemos é, paradoxalmente, uma manifestação do passado, e ao mesmo tempo, o futuro é antecipado pela nossa ação imediata.

Essa peça convida o público a participar de um ciclo ininterrupto de observação, interação e reflexão. O espectador, ao se ver refletido na esfera, torna-se parte da obra, criando uma simbiose entre o físico e o temporal. Cada movimento altera o reflexo, reiterando a ideia de que o tempo está sempre em fluxo e que o presente é apenas uma transição efêmera entre o que já foi e o que está por vir.

Ao mesmo tempo simples e conceitualmente densa, "O Passado e o Futuro em Tempo Real" instiga uma forma de perceber o tempo como um ciclo contínuo de interações entre o agora, o que já passou e o que está por acontecer. A obra captura a essência de "Formas Múltiplas de Continuidade no Espaço", ao sugerir que o tempo, assim como o espaço, é maleável, fluido e interconectado.