Peça #08:
"Você nunca verá tudo" (Espelho Infinito)
A Peça 08, intitulada "Espelho Infinito", convida o espectador a confrontar o paradoxo da percepção e da impossibilidade de capturar a totalidade da realidade. O espelho, por si só, é um objeto que historicamente simboliza tanto a vaidade quanto a introspecção, e aqui, ele é subvertido para sugerir que, apesar de seu propósito de refletir o mundo, nunca pode nos mostrar tudo.
A inscrição "Você nunca verá tudo" sugere o limite inerente do conhecimento e da percepção humana, uma metáfora sobre a finitude da visão, da compreensão e da própria experiência. A obra nos lembra que, por mais que tentemos, sempre há algo além do que o espelho pode revelar. Assim como na vida, há dimensões invisíveis, múltiplas perspectivas e camadas que escapam à nossa visão.
O título "Espelho Infinito" joga com a ideia de continuidade e limite: o espelho reflete infinitamente, mas o que é refletido está sempre fragmentado e interrompido pela própria materialidade do objeto. Esta peça é uma reflexão sobre o desejo humano de conhecer o infinito e a realidade de nossas limitações.
Dentro do contexto da ocupação, "Formas Múltiplas de Continuidade no Espaço", o espelho opera como um dispositivo que materializa a noção de continuidade e fragmentação. Ao mesmo tempo que sugere infinitude, ele expõe o limite físico da visão e da compreensão, reforçando o conceito de que sempre haverá algo além, algo que não podemos ver ou acessar.